(De) Feridos

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Reflexão do docente


A formação de professores foi marcado pela desoneração, a acentuação da fragilização da formação dos professores agora entregue, em sua maioria, à iniciativa do empresariado e conformada, portanto, à obtenção do lucro. Partindo desse princípio, para que o proficional não fique sem suas capacitações partiu para a autoformação para professores que pretendem trabalhar com as novas tecnologias da informação e da comunicação na educação, como resposta a uma demanda que a eles se coloca e no confronto com a realidade de que as licenciaturas não lhes ensejaram o desenvolvimento de competências e habilidades para essa utilização. O profissional da educação deve buscar sempre a proximidade do seu público contribuir e apoiar os trabalhos escolares, atuando como um colaborador e um agente que estimulará a relação dos alunos com as tecnologias, em prol de uma educação melhor.
As idéias do professor reflexivo e pesquisador ganham notoriedade, passando a ser um novo saber docente, com objetivo de fornecer aos estudantes uma formação mais adequada às necessidades educacionais atuais. A idéia do professor reflexivo e pesquisador surge através da prática reflexiva sobre o ensino, proposto por Zeichner(Kenned Zeichner escreveu várias concepções dos professores práticos reflexivos, desenvolveu sua pesquisa em diferentes programas na formação reflexiva de professores nos Estados Unidos), que evidenciou a capacidade de contextualização do mesmo, obtendo assim um ensino de qualidade.
Schön propôs a formação profissional centrada na epistemologia da prática, com uso da reflexão, análise e a problematização, para que houvesse a construção do conhecimento, partindo do conhecimento tácito (ações). Mesmo assim, esse conhecimento não foi suficiente para que se conseguisse desenvolver a proposta do Professor Reflexivo Pesquisador
As propostas de Liston e Zeichner, na concepção de Silva (2005), defendem o conceito do professor prático reflexivo, com uso de ferramentas para facilitar a reflexão, desta maneira, colaborando para uma sociedade mais justa e decente. Ou seja, reconhece na riqueza da experiência que vive em cada ótimo professor, além disso, o processo deve começar na reflexão em relação da sua própria prática e compreender as experiências dos outros, ajudando a desenvolver uma sociedade com menos desigualdade sociais.
Liston e Zeichner não concordam com as idéias de Schön referente ao professor reflexivo, uma vez que acreditavam na aplicabilidade a profissionais individuais, tais mudanças são operadas imediatas para que haja mudança social, com base na teoria crítica ou pedagogia crítica.

No Ensino Superior, a falta de contato do conhecimento com a realidade, parece ser uma característica bastante acentuada. Os professores, no esforço de levar seus alunos a aprender, o fazem de maneira a dar importância ao conteúdo em si, e não à sua interligação com a situação da qual emerge, gerando, assim, a clássica dissociação entre teoria e prática.
A educação deve ser entendida e trabalhada de forma interdisciplinar, na qual o aluno é agente ativo, comprometido, responsável, capaz de planejar suas ações, assumir responsabilidades, tomar atitudes diante dos fatos e interagir no meio em que vive contribuindo, desta forma, para a melhoria do processo ensino aprendizagem.
Assim sendo, é de responsabilidade dos professores fazer com que o aluno seja sujeito de sua aprendizagem, ciente do que irá realizar, para que e como, ou seja, levar o aluno a aprender a planejar, a trabalhar com hipóteses e a encontrar soluções. Nessa perspectiva, para que o mesmo adquira essas habilidades, faz-se necessário trabalhar com práticas pedagógicas voltadas para a formação do aluno, para o exercício da cidadania plena, respeitando a individualidade de cada um, utilizando-se de conteúdos interdisciplinares e contextualizados.
Vale lembrar que a questão interdisciplinar emerge como orientação da superação da dicotomia entre pedagogia e epistemologia, entre ensino e produção de conhecimentos científicos, daí porque a sua maior complexidade e necessidade de superação da perspectiva departamental e setorizada do ensino.