(De) Feridos

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O sorriso de Monalisa



O aprender a aprender busca autonomia de professores e alunos e leva-os a criticar e refletir sua própria experiência e dela extrair conhecimentos. O conhecimento não tem dono, ele é fruto daquele que norteia com aquele que faz parte do meio, do senso comum. A escola mantém um regimento tradicionalista (década de 50) o que gera um conhecimento linear ao material elaborado pela própria unidade escolar que muitas vezes chega desatualizado nas mãos do professor.
Em Sorriso de Monalisa, a professora tinha que defender apenas aquilo que tinha em suas mãos, não tinha o direito de trazer o novo para a sala, não podia criar situações onde as alunas expunham sua idéias e suas visões perante aquilo que estava sendo exposto. Por exemplo: Quando a professora levou as imagens em slides, a aula se tornou desinteressante, aquilo não era novo para as garotas. Quando a professora levou o desconhecido, as garotas ficaram perdidas, não sabiam o que fazer com a autonomia de expressão. Gerou polêmica.
Por trás de toda mudança, onde cria-se um remodelamento de conhecimentos exportados e importados numa formação intelectual. Quando há um interesse geral (ou quase em sua totalidade) começa a inovação e invenção de idéias, portanto é uma aberração limitar o acesso à informação e ao conhecimento que constituem esse bem comum, por força de um direito excessivamente preocupado em proteger interesses particulares.
Como professora apontaria para a coordenação e direção do colégio os pontos favoráveis da educação diferenciada convencendo-as de que o ensino será melhor trabalhado na formação de cidadãos críticos. Não posso esquecer que estava ciente do regimento da instituição e o “ser diferente” necessita de consentimento, principalmente para a época.
Situações que chamaram a minha atenção foi quando a professora diz as alunas que tem que ter um olhar diferente, ale daquilo que está sendo exposto, pois todos tinham a liberdade de expressão e a aluna levou esse conhecimento para a vida pessoal. Não há prova melhor de que aquilo que foi exposto foi absorvido; e a cena que a diretora pede que a professora reassuma suas aulas com inúmeras condições e a professora nega. Já que a instituição não aceita mudanças, o professor busca outro caminho que torne seu trabalho eficiente. Essa cena não mostra fraqueza e sim ideal.
A maioria das inovações e invenções baseia-se em idéias que são parte do bem comum da humanidade. Por isso é inaceitável limitar o acesso à informação e ao conhecimento para proteger interesses particulares. Philippe Quéau

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. O problema é quando nenhuma instituição PODE aceitar mudanças. Basta ver o discurso do Senador Demóstenes torres: http://aluizioamorim.blogspot.com/2011/07/senador-faz-revelacao-aterradora-do.html

    A saída é o "homeschooling" para quem tem condição (e aqui não falo de $$$). Para quem não tem, escola é como manual de celular: "ruim com ele, pior sem ele".

    Professor com "cabeça que funciona" é tratado mais ou menos como o Serpico.

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